Por Vitalina de Assis.
Refém de quem queria roubar-lhe a vida
em vagos momentos de lucidez
desejava viver
Ainda que a morte
afagasse seus cabelos
e uma réstia de luz
iluminasse a eternidade próxima
soube convergir tal luz
para sua esperança criança
Inocente,
a morte esqueceu-se
que basta pequena luz
para nutrir a vida
de quem aguarda
o cair da guilhotina
Embora cantasse a morte:
te degusto com requinte
em mesa posta
uma réstia de luz
destoa sua canção
e insistente
conspira em favor da vida
Réstia de luz inconveniente
aquece tijolos agora complacentes
refletiu luz de vida
além do cativeiro
aboliu a ideia de vê-la morta
roubou-lhe a intenção de desistir afinal
Firme neste próposito
fez-se valer
da luz que incidia sobre tijolos
que desconfiava ser a vida
a espiar-lhe mansamente
Quando a vida espia, conspira
percebeu sua sorte mudar
de perdida em braços mortais
agora segura em braços de amor
Optou pela vida
desistir não conjugaria
ignorou apelos do medo
e pequena réstia de luz
brilhou na saída do cativeiro.
FUENTE :http://avessamente.blogspot.com
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